quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.
Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta 
um capítulo.
Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.
Preocupação é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu sair de seu pensamento.
Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa. 
Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára. 
Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido. 
Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista. 
Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora. 
Ansiedade é quando sempre faltam muitos minutos para o que quer que seja. 
Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.
Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado. 
Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes. 
Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração. 
Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma. 
Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros. 
Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente mas, geralmente, não podia. 
Lucidez é um acesso de loucura ao contrário. 
Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato. 
Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele. 
Paixão é quando apesar da palavra ¨perigo¨ o desejo chega e entra. 


Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado. 
Não... Amor é um exagero... também não.
Um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego ?

Talvez porque não tenha sentido, talvez porque não tenha explicação, 
Esse negócio de amor, não sei explicar.




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